10 de abril de 2012

Pasárgada

Sobre minha viagem imaginária à Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada, lá sou amigo do Rei. 
O caralho!
Sou amigo do Rei, mas ele não é muito meu amigo. 
As mulheres que quero, ele também quis. 
A cama, escolhi a dele, simplesmente pelo prazer de fazer o que quiser na cama do Rei. 
Mas até aí a cama já é dele, ele também a escolheu, não tem mais graça.
E por ser Rei, as mulheres que quero obviamente preferem dar pra ele. Em qualquer cama!
Péssima ideia ser amigo do Rei. Eu que devia ser Rei!
E a existência lá é uma aventura de tal modo inconsequente, inconsequente até demais.
Acabei na cama do Rei com a contraparente de Joana, mas a falsa Rainha demente, infelizmente nunca tive. 
Fui pra Pasárgada mas lá não quis saber de fazer ginástica e nem de andar de bicicleta. Detesto andar de bicicleta. Muito menos montar burro brabo e subir pau-de-sebo. Tanta coisa melhor pra fazer!
Sem contar que aqui tem tudo o que tem lá: banho de rio, processo seguro pra impedir concepção, telefone automático, alcalóide à vontade, prostitutas bonitas (que se pagar bem dá até pra chamar de mãe d'água).
No final, tudo se resume às mulheres que quiser na cama do Rei, ou em qualquer lugar. E enrabar o Rei eu não posso.
Fui pra lá, mas lá não é melhor que aqui. Nem pior. 
E ainda gastei uma grana com a passagem!
Nunca mais volto pra Pasárgada.

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